sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Flavigny-sur-Ozerain



Você reconhece a pequena casa à esquerda? A foto acima ajuda? A vitrine não está decorada com as delícias de Vianne Rocher (Juliette Binoche) e Johnny Depp não chega de barco (mesmo porque o rio não é tão perto quanto na ficção cinematográfica). Mesmo assim, o lugar é maravilhoso. Desde a estradinha que leva a suas ruas e construções medievais, até a Abadia St Pierre, que hoje abriga a fábrica de Anis tudo encanta. Cada esquina, cada pedaço da cripta da abadia mereceu uma foto. Mas a foto a que me refiro não posso publicar. É aquela que guardamos com o clique de nossos olhos. Aquela que eu posso editar, à qual posso adicionar elementos como o vento, o aroma de anis, o frio, o silêncio sepulcral das ruas desertas... Mas que não posso revelar e nem postar um link para que ela seja vista por outros. Assim, caríssimo leitor, anote aí a dica: Flavigny-sur-Ozerain. Não tem nenhuma fábrica de chocolate, não tem tanta gente andando na rua (aliás, só os pouquíssimos turistas), pelo menos não no inverno, mas tem muito charme, tem história, tem graça. A vila não aparece em qualquer mapa, não tem indicação em autoestrada, não tem estação de trem nem terminal rodoviário. Ainda assim, vale o sacrifício de procurar, caçar o pontinho em algum mapa e as minúsculas linhas que representam as estradinhas da região. Caminhe, observe, sinta, fotografe. Mas não deixe de experimentar as balinhas de anis.

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