Em primeiríssimo lugar, caro leitor, devo pedir desculpas por usar o trema no título. Como acho que ele é bastante útil à fonética, ainda tenho alguns deslizes e volto ao passado lingüístico (e novamente cometo o erro ortográfico).
Bem, hoje presenciei um episódio que me fez lembrar que não vivemos em uma democracia e que tudo o que é "público" significa que "não pertence ao povo" ou que "nenhum cidadão pode fazer uso livre de". Ao tentar estacionar em via pública- o que geralmente não faço em razão de minha rotina - às 19h45min, próximo a uma renomada faculdade fui abordada por um honesto trabalhador de rua, popularmente chamado de "flanelinha" ou, mais adequadamente, "guardador de carros". Ele não pediu dinheiro, apenas informou-me em tom deselegante que eu não poderia estacionar ali! Aparentemente ele "perdeu a vaga" porque o CET estava fiscalizando a região e autuando veículos estacionados em horário proibido (livre apenas após as 20h). O sujeito dirigiu-se ao veículo do CET para dizer, com muita raiva, que meu carro estava estacionado em frente a guia rebaixada e eu deveria ser multada. Após breve discussão o agente disse que o estacionamento ali era regular, mas que eu deveria dar uma volta no quarteirão e voltar à vaga porque ainda faltavam cinco minutos para a liberação legal da área. Justo. Liguei o carro. Dez segundos mais tarde vejo que um outro motorista está prestes a estacionar seu carro em minha vaguinha... Ele colou o carro atrás do meu. Não me movi. Ele passou à minha frente e engatou a ré. Não me movi. Buzinou. Continuei dentro do carro ligado e imóvel. O BMW foi então estacionado em frente à guia rebaixada e, como um grande ditador, o tal "flanelinha" deixa o veículo. Era também manobrista para algumas pessoas.
Com um pouco de medo, saí do carro e fui resolver o que precisava. Ao perguntar sobre estacionamento na região para a moça que me atendia, um choque. Um dos nobres "guardadores" cobrava R$180,00 para tomar conta do veículo estacionado em via pública! Absurdo! A que ponto chegamos?
Meia hora depois volto a meu veículo e, como suspeitava de represálias, dei uma volta no carro para ver se estava intacto. Eis que sou novamente abordada por um cidadão trabalhador que me assegura que o carro está perfeito e que ele espera minha contribuição. Minha resposta é a clássica: "Não tenho nenhum trocado". Ao que ele retrucou: "Você vai voltar, certo?". "Lógico". "Então a gente acerta o preço depois".
Se não estou enganada, este tipo de intimidação e abordagem é crime. Se estou certa, à exceção de lugares e horários proibidos, posso estacionar meu carro em qualquer rua sem ter nenhuma taxa adicional aos meus impostos. Se quiser segurança privada, pago um estacionamento fechado. Será que fiquei louca e os impostos estão todos suspensos e nós, o povo, devemos usar o dinheiro que seria usado para tal fim para pagar o "salário" dos gentis "flanelinhas"?
Ai que saudades da época em que flanela era apenas usada para dormir em dias frios...
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
HANDS
I found myself into a dark tunnel.
Afraid I held out my hand
Hoping another one would take mine.
There was no one to walk me through darkness.
I held my own hand and kept walking.
In the middle of the way
Another hand slapped me
I tripped over and fell.
Once again I put my hand up,
Waiting for that one hand to lift me up.
That one waved goodbye and mocked.
I was about to put my hand down
When another one came and grabbed it.
My cry was heard and the hand cared.
I stood and saw the light.
We walked towards the moon.
There were more hands around then.
Afraid I held out my hand
Hoping another one would take mine.
There was no one to walk me through darkness.
I held my own hand and kept walking.
In the middle of the way
Another hand slapped me
I tripped over and fell.
Once again I put my hand up,
Waiting for that one hand to lift me up.
That one waved goodbye and mocked.
I was about to put my hand down
When another one came and grabbed it.
My cry was heard and the hand cared.
I stood and saw the light.
We walked towards the moon.
There were more hands around then.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Os verdadeiros patriotas
Mais uma vez, escrevo para defender uma causa, na verdade um grupo. O grupo de brasileiros patriotas que são muitas vezes injustiçados e vistos como "aqueles que odeiam o país". Conversando com um grande amigo meu, também professor, listamos várias razões pelas quais os verdadeiros patriotas não são os jogadores de futebol e seus fãs (para ser honesta, nem mencionamos os tais, mas já ouvi dizerem que são eles que "defendem a bandeira brasileira lá fora"). Como podem os milionários esportistas serem os tais patriotas e serem tão defendidos por muitos que habitam nosso enorme território? Eles moram em outro país e lá investem a maior parte de seu dinheiro. Muitos têm cidadania dupla, defender duas nações os torna melhores do que nós que cá estamos?
Temos aí o segundo grupo de grandes patriotas: a legião de fãs. Atentem, leitores, para o fato de que os jogadores são apenas um dos exemplos possíveis, talvez o mais valorizado em nosso país; seus fãs, por outro lado, são um número consideravelmente grande aqui na terra do Carnaval. Não necessariamente todo fã se enquadra no grupo que descrevo em seguida. Não é rotulação, apenas descrição comportamental de alguns e as ações não pertencem todas ao mesmo grupo. Estes sim são grandes defensores do país: jogam lixo no rio que querem ver limpo, não pagam impostos, alguns recebem ajuda do governo para "viver mais decentemente", vendem CDs piratas como forma de sobrevivência, esquecem de matricular seus filhos na escola mais próxima, aqueles que têm a chance de viajar para fora não jogam o cigarro nas ruas do Canadá porque lá é tudo limpinho e quando voltam ao território nacional permitem-se jogar um papel de bala porque "um a mais não fará diferença", esquecem a torneira aberta para atender ao telefone... É melhor parar por aqui porque a lista é interminável e não tenho tanto tempo assim para escrever.
Bem, se você gosta de viajar e sentir frio em outro continente você deixa de ser patriota? Se você não gosta de axé, pagode ou da bagunça do Carnaval você não defende seu país? É o que pensam do grupo a que pertenço e cansei de me explicar aos que criticam. Gostar de música brasileira é bem mais amplo que apreciar axé (e não sei mesmo como alguém aprecia aquilo), gosto de samba, chorinho e muitos dos meus amigos e colegas do grupo rotulado de "anti-nacionalista" também. Viajamos e no intercâmbio cultural deixamos no país visitado uma boa imagem do Brasil com o mesmo comportamento que temos em nosso território. Reciclamos. Pagamos os impostos. Estudamos e aplicamos o que aprendemos aqui. Compramos DVDs originais (e todo mundo ri dos "tolos"). Pensamos antes de votar. Falamos consideravelmente bem a nossa língua e a defendemos. Reclamamos do rio poluído sim, mas não jogamos o papel de bala que "não faz diferença".
Gostaria de saber, então, por que o jogador de futebol é mais nacionalista e patriota do que todos nós juntos? Alguns de nós inclusive sabemos jogar bola...
Temos aí o segundo grupo de grandes patriotas: a legião de fãs. Atentem, leitores, para o fato de que os jogadores são apenas um dos exemplos possíveis, talvez o mais valorizado em nosso país; seus fãs, por outro lado, são um número consideravelmente grande aqui na terra do Carnaval. Não necessariamente todo fã se enquadra no grupo que descrevo em seguida. Não é rotulação, apenas descrição comportamental de alguns e as ações não pertencem todas ao mesmo grupo. Estes sim são grandes defensores do país: jogam lixo no rio que querem ver limpo, não pagam impostos, alguns recebem ajuda do governo para "viver mais decentemente", vendem CDs piratas como forma de sobrevivência, esquecem de matricular seus filhos na escola mais próxima, aqueles que têm a chance de viajar para fora não jogam o cigarro nas ruas do Canadá porque lá é tudo limpinho e quando voltam ao território nacional permitem-se jogar um papel de bala porque "um a mais não fará diferença", esquecem a torneira aberta para atender ao telefone... É melhor parar por aqui porque a lista é interminável e não tenho tanto tempo assim para escrever.
Bem, se você gosta de viajar e sentir frio em outro continente você deixa de ser patriota? Se você não gosta de axé, pagode ou da bagunça do Carnaval você não defende seu país? É o que pensam do grupo a que pertenço e cansei de me explicar aos que criticam. Gostar de música brasileira é bem mais amplo que apreciar axé (e não sei mesmo como alguém aprecia aquilo), gosto de samba, chorinho e muitos dos meus amigos e colegas do grupo rotulado de "anti-nacionalista" também. Viajamos e no intercâmbio cultural deixamos no país visitado uma boa imagem do Brasil com o mesmo comportamento que temos em nosso território. Reciclamos. Pagamos os impostos. Estudamos e aplicamos o que aprendemos aqui. Compramos DVDs originais (e todo mundo ri dos "tolos"). Pensamos antes de votar. Falamos consideravelmente bem a nossa língua e a defendemos. Reclamamos do rio poluído sim, mas não jogamos o papel de bala que "não faz diferença".
Gostaria de saber, então, por que o jogador de futebol é mais nacionalista e patriota do que todos nós juntos? Alguns de nós inclusive sabemos jogar bola...
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Burrice X Ignorância
Em recente visita a uma pequena, distante e praticamente desconhecida cidade italiana chamada Roma tive o desprazer de sentar perto de um jovem brasileiro no restaurante em que jantava. Foi realmente uma das piores experiências curtas da minha vida (ganha até dos muitos "vou estar fazendo" que ouço por aí). Bem, logo que nos sentamos (é claro que eu não estava sozinha, tenho testemunhas) percebemos que a língua falada na mesa seguinte era, aparentemente a mesma que falamos aqui. Passados alguns minutos toca o celular do distinto rapaz que, em respeito a sua mulher e em desrespeito a todos os outros presentes, aciona o viva-voz para que possam os dois conversar com o infeliz interlocutor. Por sorte (embora de sorte não haja nada aí) só ouvíamos a voz do indivíduo atrás de nós. Para explicar sua visita à insignificante cidade ele usou as seguintes palavras (reproduzo o que ouvi portanto perdoem-me o linguajar): "Meu hoje fomo ao Coliseu, cara. Uma puta bosta, só tinha ruína, tudo quebrado!". Não é necessário entrar em detalhas sobre minha reação e a dos demais à minha mesa.
Analisemos. O elemento que produziu tais palavras esperava encontrar o que exatamente? Gladiadores? Feras? Cristãos sendo devorados? César talvez? Acho até que ele queria ver Cleópatra por lá do modo como vejo suas expectativas. Ele certamente assistiu à megaprodução de Gladiator e achou que estava tudo do mesmo jeito. O que são alguns milênios? Aliás, duvido que o sujeito tenha qualquer noção da idade das tais ruínas.
Este é o maior exemplo de burrice que conheço. Se você compra uma passagem para Roma e espera encontrar um resort de praia é sinal de que não sabe o que fazer com o dinheiro. Se nunca ouviu falar sobre o lugar, abra um livro, um guia, use a Internet, pesquise. Burrice é criticar o que não conhece e não fazer o mínimo esforço para aprender. Já dizia Oscar Wilde, "there's no sin except stupidity".
Para exemplificar, então, a ignorância trago o mesmo local, só que alguns dias após o infortúnio supracitado, portanto em foto. Mostro a foto a um colega de trabalho que nunca foi à Europa, mas tenho certeza de que um dia lá pisará. Qual a reação ao ver uma reles fotografia dos pedaços de construções romanas? Arrepiou-se e bombardeou-me com perguntas sobre história, civilização. Ignorava muitos fatos antes, mas é um ser pensante e aprende.
Bem, digo a todos aqueles que acham que me irrito facilmente com a ignorância, ledo engano. A burrice não tolero. Ignorantes todos somos e portanto eternos aprendizes.
Analisemos. O elemento que produziu tais palavras esperava encontrar o que exatamente? Gladiadores? Feras? Cristãos sendo devorados? César talvez? Acho até que ele queria ver Cleópatra por lá do modo como vejo suas expectativas. Ele certamente assistiu à megaprodução de Gladiator e achou que estava tudo do mesmo jeito. O que são alguns milênios? Aliás, duvido que o sujeito tenha qualquer noção da idade das tais ruínas.
Este é o maior exemplo de burrice que conheço. Se você compra uma passagem para Roma e espera encontrar um resort de praia é sinal de que não sabe o que fazer com o dinheiro. Se nunca ouviu falar sobre o lugar, abra um livro, um guia, use a Internet, pesquise. Burrice é criticar o que não conhece e não fazer o mínimo esforço para aprender. Já dizia Oscar Wilde, "there's no sin except stupidity".
Para exemplificar, então, a ignorância trago o mesmo local, só que alguns dias após o infortúnio supracitado, portanto em foto. Mostro a foto a um colega de trabalho que nunca foi à Europa, mas tenho certeza de que um dia lá pisará. Qual a reação ao ver uma reles fotografia dos pedaços de construções romanas? Arrepiou-se e bombardeou-me com perguntas sobre história, civilização. Ignorava muitos fatos antes, mas é um ser pensante e aprende.
Bem, digo a todos aqueles que acham que me irrito facilmente com a ignorância, ledo engano. A burrice não tolero. Ignorantes todos somos e portanto eternos aprendizes.
O (in)crível mundo em que vivemos
Nascemos. Por mais amassados, feinhos e chorões que sejamos, uma das primeiras frases que nos repetem é: "Que lindinho/a!". Ótimo começo. Uma mentirinha inocente e de fácil credibilidade. E assim continua: "Não vai doer", "Só mais uma colherada", "O vovô está com os anjos" (opa, não dá para provar, nem para desmentir esta, então não vale), "Para sempre", "Eu prometo..." (em várias instâncias), "Já volto", "Cinco minutinhos" e outras tantas frases cotidianas e muitas vezes previsíveis. Com o tempo, crescemos e percebemos que, em nossa estimada cultura, a mentira é, quase sempre, mais crível que a verdade.
"Elvis está morto". Por que acreditar em algo tão óbvio? E surgem as teorias de conspiração para provar o contrário, muitos lutam para provar que mentiram para nós, enganaram o mundo. John Lennon, Ulisses Guimarães e muitos outros habitam a mesma ilha do rei do rock. "O Brasil é um país de terceiro mundo". Ora, como pode? E temos aqueles programas de televisão para nos convencer de que aqui é o paraíso (pode até ter lugares paradisíacos, concordo, mas é um pouco grande para se restringir a tais pontos).
Agora quando nos dizem "Não aumentarei os impostos de modo algum" a situação muda. É muito fácil acreditar em Papai Noel quando se tem 3 anos e em político dos 16 aos 150 anos. É praticamente igual, os dois carregam um saco de surpresas. Quem vai querer dar murro em ponta de faca? Melhor acreditar ou fingir que acreditamos em algo e continuarmos com a apologia à mentira.
"Não é nada sério" diz o médico. E pede a batelada de exames. "Ai, amor, prometo que vou parar de fumar". "Este ano vou perder 5 kilos", "Chegarei às sete em ponto". É hilário como qualquer uma das frases é aceita como verdade, ainda que parcial (é o pior, certo?). Sete horas e quinze minutos para quase todos é a mesma coisa que sete horas. E não tente reclamar porque será motivo de chacota, você é que está errado em achar que a frase era verdadeira.
Em respeito às muitas verdades que circulam por aí, agora que o Carnaval passou, espero o coelhinho da Páscoa.
"Elvis está morto". Por que acreditar em algo tão óbvio? E surgem as teorias de conspiração para provar o contrário, muitos lutam para provar que mentiram para nós, enganaram o mundo. John Lennon, Ulisses Guimarães e muitos outros habitam a mesma ilha do rei do rock. "O Brasil é um país de terceiro mundo". Ora, como pode? E temos aqueles programas de televisão para nos convencer de que aqui é o paraíso (pode até ter lugares paradisíacos, concordo, mas é um pouco grande para se restringir a tais pontos).
Agora quando nos dizem "Não aumentarei os impostos de modo algum" a situação muda. É muito fácil acreditar em Papai Noel quando se tem 3 anos e em político dos 16 aos 150 anos. É praticamente igual, os dois carregam um saco de surpresas. Quem vai querer dar murro em ponta de faca? Melhor acreditar ou fingir que acreditamos em algo e continuarmos com a apologia à mentira.
"Não é nada sério" diz o médico. E pede a batelada de exames. "Ai, amor, prometo que vou parar de fumar". "Este ano vou perder 5 kilos", "Chegarei às sete em ponto". É hilário como qualquer uma das frases é aceita como verdade, ainda que parcial (é o pior, certo?). Sete horas e quinze minutos para quase todos é a mesma coisa que sete horas. E não tente reclamar porque será motivo de chacota, você é que está errado em achar que a frase era verdadeira.
Em respeito às muitas verdades que circulam por aí, agora que o Carnaval passou, espero o coelhinho da Páscoa.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Ah... Paris...
Mais uma vez, muitas palavras vêm a minha cabeça mas poucas que possam expressar exatamente o que é preciso ser dito... Estar entre dois grandes arcos, respirar cultura. Cada detalhe de Paris tem um significado que vai além da simples beleza arquitetônica ou riqueza histórica. É preciso caminhar por suas ruas, olhar em todas as direções e deixar o queixo cair. E parar de respirar por alguns instantes. É de tirar o fôlego.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
"Já coisou o trequinho?"
Você já sentiu que estava em uma dimensão paralela à que habita e que, apesar de grande semelhança fonética, a língua falada a seu redor era incompreensível. É exatamente assim que me sinto toda vez que me perguntam algo do tipo "Já coisou o trequinho?". Por mais que esteja acompanhando a conversa e até interagindo é impossível decifrar a pergunta. Ela é tão vazia de significado e ao mesmo tempo preenchida por tantos que não há como não se confundir. O pior é responder com uma pergunta: "Como?" É exatamente o momento em que estou mais perdida porque não há meios de substituírem "coisar" e "treco" por algo mais específico. A pergunta é repetida e eu apenas ganho mais tempo para tentar decodificá-la.
Bem, sem saída, começo a analisar e pressiono a mente a trazer rapidamente uma resposta. Os interlocutores aguardam impacientes por uma. Invariavelmente deve ser a respeito de algo que eu deveria ter feito (a conjugação verbal deve ser a mesma do português e o advérbio tem de ser cognato, não tenho tempo para adivinhar). A julgar pelo sufixo (novamente supondo que a tal língua/o tal dialeto tenha raízes na nossa língua) imagino que seja um objeto de tamanho reduzido (e também excluo substantivos femininos): livro, copo, brinco, celular, brinquedo... Muitas idéias. Trabalho com o verbo: comprou, pegou, leu, consertou, assistiu... Raios! São tantas as possibilidades e os milésimos de segundo disponíveis para raciocinar esgotaram-se. Todos esperando uma reação. "Sim, já." Parece sempre uma resposta plausível e adequada à situação, afinal "trequinho" não pode ser algo tão importante assim. Todos sorriem, a conversa continua, minha mente relaxa. Claro que só até alguém perguntar: "Cê vai no coiso esse findi?"
Não há sossego. É preciso apostilar novas modalidades lingüísticas (ops! nem posso mais usar o trema - disseram-me que eu era uma das 10 pessoas no mundo que o achavam útil). Criar dicionários (já imaginou a quantidade de páginas para o verbete "coisar"?). Tenho muita vontade de aprender, só não quero ter de responder de qualquer jeito, sem entender o que me perguntam. Já entendo "sua batata tá assando", "sipá", "cê tá causando" e outras dez expressões do tipo. Inclusive já tive a oportunidade de ensinar algumas e contextualizá-las para outros colegas que caminhara para a dimensão paralela. Ainda assim estou perdida. Se algum leitor puder fazer a gentileza de indicar um curso rápido (claro, para acompanhar as mudanças constantes de significado de palavras como "troço" terei que fazer diversos cursos rápidos), agradeço. Melhor ainda, deixo um "Valeu, mano." para você.
Bem, sem saída, começo a analisar e pressiono a mente a trazer rapidamente uma resposta. Os interlocutores aguardam impacientes por uma. Invariavelmente deve ser a respeito de algo que eu deveria ter feito (a conjugação verbal deve ser a mesma do português e o advérbio tem de ser cognato, não tenho tempo para adivinhar). A julgar pelo sufixo (novamente supondo que a tal língua/o tal dialeto tenha raízes na nossa língua) imagino que seja um objeto de tamanho reduzido (e também excluo substantivos femininos): livro, copo, brinco, celular, brinquedo... Muitas idéias. Trabalho com o verbo: comprou, pegou, leu, consertou, assistiu... Raios! São tantas as possibilidades e os milésimos de segundo disponíveis para raciocinar esgotaram-se. Todos esperando uma reação. "Sim, já." Parece sempre uma resposta plausível e adequada à situação, afinal "trequinho" não pode ser algo tão importante assim. Todos sorriem, a conversa continua, minha mente relaxa. Claro que só até alguém perguntar: "Cê vai no coiso esse findi?"
Não há sossego. É preciso apostilar novas modalidades lingüísticas (ops! nem posso mais usar o trema - disseram-me que eu era uma das 10 pessoas no mundo que o achavam útil). Criar dicionários (já imaginou a quantidade de páginas para o verbete "coisar"?). Tenho muita vontade de aprender, só não quero ter de responder de qualquer jeito, sem entender o que me perguntam. Já entendo "sua batata tá assando", "sipá", "cê tá causando" e outras dez expressões do tipo. Inclusive já tive a oportunidade de ensinar algumas e contextualizá-las para outros colegas que caminhara para a dimensão paralela. Ainda assim estou perdida. Se algum leitor puder fazer a gentileza de indicar um curso rápido (claro, para acompanhar as mudanças constantes de significado de palavras como "troço" terei que fazer diversos cursos rápidos), agradeço. Melhor ainda, deixo um "Valeu, mano." para você.
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